O assunto preocupa mais os homens, e não por acaso. A estimativa é a de que a calvície atinja 10% deles entre os 20 e os 30 anos e que, de cada dez homens com menos de 70 anos, oito apresentem predisposição como fator hereditário. No Brasil, assola 42 milhões de cidadãos, segundo dados da Sociedade Brasileira para Estudo do Cabelo (SBEC).
A OMS (Organização Mundial de Saúde) fecha a conta: metade da população
masculina do planeta terá algum grau da disfunção até os 50 anos. A
culpa é da testosterona, hormônio sexual masculino, a maior responsável
pela queda do cabelo. As mulheres também a produzem, mas em quantidade
muito menor.
"Trata-se de um processo de afinamento e queda de cabelo causado por
genes e hormônios. Atinge quase 50% dos homens e apenas 5% das
mulheres", diz Valcinir Bedin, médico dermatologista formado pela
Universidade de São Paulo (USP), mestre e doutor em medicina pela
Universidade de Campinas (Unicamp), tricologista (especialista em
cabelo) e nutrólogo, presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo.
A alopecia androgenética de padrão masculino, por exemplo, provoca a queda nas entradas e no vértex parte superior da cabeça, região apelidada como cocoruto
A OMS (Organização Mundial de Saúde) fecha a conta: metade da população
masculina do planeta terá algum grau da disfunção até os 50 anos. A
culpa é da testosterona, hormônio sexual masculino, a maior responsável
pela queda do cabelo. As mulheres também a produzem, mas em quantidade
muito menor.
"Trata-se de um processo de afinamento e queda de cabelo causado por
genes e hormônios. Atinge quase 50% dos homens e apenas 5% das
mulheres", diz Valcinir Bedin, médico dermatologista formado pela
Universidade de São Paulo (USP), mestre e doutor em medicina pela
Universidade de Campinas (Unicamp), tricologista (especialista em
cabelo) e nutrólogo, presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo.
Em
geral, a calvície ocorre mais no topo da cabeça. VERDADE: "No caso da
alopecia androgenética, a parte posterior é sempre poupada, pois não
sofre a ação do hormônio masculino como no terço superior do couro
cabeludo. Por isso, nas técnicas de transplante, é dali que se retiram
os fios doadores", enfatiza o dermatologista Adriano Almeida. A calvície
acomete mais o topo, a região da coroa e as entradas, e às vezes estas
duas últimas áreas concomitantemente
"Os homens possuem mais hormônios masculinos e receptores, no couro
cabeludo, ávidos por captar tais hormônios, se comparados com as
mulheres. Sendo assim, o distúrbio é mais significativo neles", completa
Adriano Almeida, dermatologista e tricologista, diretor do Instituto de
Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele (IPTCP), diretor da Sociedade
Brasileira do Cabelo e professor da Fundação Pele Saudável.
Embora as mulheres estejam mais protegidas contra o revés, é bom
considerar que, devido a estresse e outros fatores, médicos alertam para
a perspectiva de aumento de 10% ao ano no número de casos de diminuição
de fios nelas – que, embora não possa ser chamado de calvície, pois se
trata de uma rarefação capilar, já mostra que a diminuição da farta
cabeleira é um fantasma futuro para o público feminino.
Tipos diferentes
Conforme explica Bedin, há a alopecia androgenética de padrão
masculino, em que a queda se dá nas entradas e no vértex (parte superior
da cabeça, o 'cocoruto'); e a alopecia androgenética de padrão
feminino, com rarefação no topo e na região da coroa, sem perda na área
frontal.
"Existem, ainda, as alopecias inflamatórias, como a areata, que são de
origem autoimune, ou seja, o próprio organismo destrói os folículos
capilares", explica a dermatologista e tricologista Ana Carina Junqueira
Bertin, da Clínica Adriana Vilarinho e do Centro de Cirurgia da
Obesidade e Metabólica, em São Paulo.
Também é preciso diferenciar calvície de queda de cabelo: a primeira
tem origem genética, enquanto a segunda é um problema multifatorial, ou
seja, detonado por várias condições, como genética, hormônios, fumo,
álcool, sono de baixa qualidade, estresse, excesso de processos químicos
– tinturas, descolorantes, alisantes –, anemia e faltas nutricionais de
ferro e até exagero na manipulação física do cabelo em penteados que
causam tração.
"Já a calvície é poligênica, isto é, há vários genes envolvidos no
processo, vindos dos pais (tanto do pai quanto da mãe) ou avós",
considera o dermatologista Valcinir Bedin.
Para reverter o quadro, advertem os especialistas, é bom procurar
tratamento logo que os primeiros sinais de calvície apareçam.
Acredita-se que um quarto das pessoas começa a perder fios antes dos 25
anos e há casos prematuros de pacientes que sentem o problema já aos 15
anos ou no final da adolescência.
Felizmente, por meio de uma análise do histórico familiar e outros
exames, como o da taxa de hormônios masculinos, é possível diagnosticar o
tipo de calvície e indicar a melhor conduta para frear a queda.
Mas tomar remédio para calvície causa mesmo disfunção erétil ou este é
um dos maiores mitos sobre o assunto? "Quando falamos do medicamento
finasterida, em alguns casos raros, pode haver a diminuição temporária
da libido, sem afetar a ereção", diz o médico Valcinir Bedin. "Assim que
a medicação é suspensa, o organismo metaboliza e excreta a droga em
poucos dias e a disfunção se corrige", completa Ana Carina Junqueira
Bertin.
Segue alguns Mitos e Verdades:
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Fonte: Uol Saúde
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