Pessoas sentindo muita dor no corpo e que já tentaram de tudo. Este é o perfil dos pacientes que chegam ao Instituto Barreiros,
em São Paulo. Fundado por Carlos Barreiros, fisioterapeuta com formação
em acupuntura, psicanálise e homeopatia, e que passou anos se
atualizando na França antes de criar um novo método: o RPG/RPM
(reeducação postural global e reequilíbrio proprioceptivo e muscular).
Ele conta que essa técnica trabalha as linhas de cadeias musculares (método terapêutico de correção postural que considera o sistema muscular de forma integrada, organizando os músculos) e as estruturas dinâmicas que se propagam em diferentes direções e planos musculares, para assegurar a estática, o equilíbrio e o movimento do corpo.
"É a neurociência aplicada ao corpo", diz ele, garantindo que o maior ganho é mesmo no aspecto dos resultados clínicos, que são rápidos e não a longo prazo como nos outros métodos. "Isso porque estudamos toda a patobiomecânica - a alteração dos eixos mecânicos do corpo, ou seja, um desalinhamento que leva à sobrecarga nas articulações, gerando dores, desgaste articular e má postura - associando-a aos estudos das tensões dos órgãos internos e correlacionando tudo isso às suas condições psicomportamentais".
Segundo o fisioterapeuta, exercícios e alongamento melhoram a postura,
mas não corrigem o problema. "Já a correção neurológica muda a imagem e o
esquema corporal, pois dentro de nós temos uma fotografia que controla
nossa postura".
Ele conta que essa técnica trabalha as linhas de cadeias musculares (método terapêutico de correção postural que considera o sistema muscular de forma integrada, organizando os músculos) e as estruturas dinâmicas que se propagam em diferentes direções e planos musculares, para assegurar a estática, o equilíbrio e o movimento do corpo.
"É a neurociência aplicada ao corpo", diz ele, garantindo que o maior ganho é mesmo no aspecto dos resultados clínicos, que são rápidos e não a longo prazo como nos outros métodos. "Isso porque estudamos toda a patobiomecânica - a alteração dos eixos mecânicos do corpo, ou seja, um desalinhamento que leva à sobrecarga nas articulações, gerando dores, desgaste articular e má postura - associando-a aos estudos das tensões dos órgãos internos e correlacionando tudo isso às suas condições psicomportamentais".
Para explicar melhor, ele faz uma comparação: "É como a pessoa anoréxica. Ela está magérrima, mas se olha no espelho e se vê gorda. Com a postura é a mesma coisa. Se a imagem errada que a pessoa tem não for alterada, volta tudo de novo. Claro que existe também o componente genético. Nosso papel é impedir que os problemas se acentuem".
Bombardeamento neurológico
Ele esclarece que a pessoa pode fazer exercícios, ioga e alongamento, que são bons para melhorar a dor, mas quando parar, tudo voltará, o que causa desmotivação. Para tratar o paciente, Barreiros diz que faz "um bombardeamento neurológico, estimulando o corpo em toda sua proporção e suas sensações corporais para um bom alinhamento biomecânico".
O fisioterapeuta chama seu trabalho de "um reequilíbrio somático emocional", voltado à conscientização, às dores e aos conteúdos inconscientes. Como se fosse uma ponte entre a psicanálise e a fisioterapia, visando reajustar as sensações e reequilibrar a imagem corporal. Isso, segundo ele, é alcançado por meio de um tratamento físico unido com a auto-observação. "Partimos do princípio de que 'Sinto, logo existo'", diz ele, adaptando a famosa frase do filósofo francês René Descartes ("Penso, logo existo").
Esta metodologia, segundo Barreiros, o levou a fazer parte do grupo de Transdisciplinaridade Aplicada à Saúde da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) , na qual dá palestras com frequência.
Eliminando a dor
O fisioterapeuta conta que a primeira coisa a ser feita quando o paciente chega ao instituto é eliminar sua dor. O próximo passo é colocá-lo na postura de correção. "Pessoas chegam aqui geralmente com muita dor, após terem tentado vários tratamentos, com melhoras e pioras. Elas precisam passar por uma reeducação e perder todos os vícios. Não estamos simplesmente realizando procedimentos mecânicos sobre tecidos humanos e, sim, tratando emoções, ânimos e sentimentos, da mesma forma que interferindo no bom funcionamento orgânico e postural".
Porém, ele admite que não faz milagres e que há pessoas que chegam até ele muito tarde, com dores excruciantes, compressão nervosa, formigamento e perda de força. Nesses casos, ele diz que a única solução é a cirurgia. "Não existe um método que dê conta de tudo. Há casos de pacientes com hipertensão e diabetes que não podem passar por cirurgia. Então, procuramos deixá-los mais assintomáticos, mas eles terão de conviver com o problema."
Depressão
Muitas pessoas que vão ao instituto com problemas de coluna e postura são depressivas. É comum se fecharem, corporal e mentalmente, e não melhorarem com facilidade. "Nossa intenção é, pelo corpo, chegar à mente. Casos de depressão, tratamos associando o lado físico com psicologia ou psiquiatria. Tem de ser um conjunto, pois o ser humano é muito complexo", admite o fisioterapeuta.
Ele conta que essas pessoas têm perfil introspectivo e costumam recolher seus problemas no inverno, como se estivessem ruminando. Porém, quando chega a primavera, tudo que foi "armazenado" acaba explodindo em forma de ira. Ele diz que é preciso se cuidar para evitar esses extremos.
O tratamento consiste em consultas feitas uma vez por semana, com duração de uma hora. Cada uma sai por R$ 270. São trabalhados o lado sensorial, estímulos do sistema nervoso central e posturas de correção neurológica do paciente. "A sessão pode ser toda semana ou não, isso dependerá de cada caso. Pois, muitas vezes, há pacientes que precisam de uma reorganização neurológica, o que leva mais tempo", admite.
Barreiros avisa que as pessoas não podem fazer o RPG-RPM sozinhas, pois é necessário que o fisioterapeuta acompanhe o processo para sentir quando a tensão diminui, por exemplo.
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Após o tratamento, além de a postura melhorar e as dores desaparecerem, o especialista diz
que o paciente passa a impressão de ter emagrecido e ficado com uma altura maior
Fonte: UOL Saúde
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